12 de junho de 2025

Luz sob diferentes olhos: como a idade transforma a percepção luminosa — e o papel da tela tensionada no design universal

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Tempo de Leitura : 6 minutos

Iluminamos para padrões, para métricas, para normas. Mas e para as pessoas reais? Aquela mesma luminância que parece suave para um adulto jovem pode ser agressiva para um idoso — ou insuficiente para uma criança em fase escolar. A percepção da luz não é estática: ela muda com a idade, com o ciclo circadiano, com a dilatação da pupila… e até com o humor. Quando ignoramos isso, o lighting design corre o risco de ser apenas estética bem resolvida — mas funcionalidade mal aplicada.

Assim como afirmam os estudiosos no assunto Rogerio de Carvalho França Dias e Gilda Collet Bruna “A iluminação é um dos parâmetros essenciais para a concepção de qualquer projeto, e o tipo de iluminação irá caracterizar a edificação e adequar sua função, possibilitando o exercício de atividades visuais.”

Na Alumiframe, acreditamos que soluções técnicas devem servir à experiência humana. É por isso que a tela tensionada, além de um recurso estético e versátil, pode ser uma aliada poderosa na criação de ambientes realmente inclusivos. Quer entender como ela contribui para um design universal que respeita diferentes formas de enxergar o mundo? Continue a leitura.

Como os olhos mudam com o tempo: percepção, sensibilidade e adaptação

tela tensionada na arquitetura

Primeiramente é importante entender, de acordo com Jéssica Cristine da Silva Fonseca Matos e Paulo Sergio Scarazzato, com base na visão de Khademagha, a descoberta dos fotorreceptores revelou uma dupla função para os olhos humanos quando expostos à luz: além de permitir a formação de imagens, a luz também contribui para a manutenção da saúde por meio de seus efeitos não visuais. Por isso, é essencial que os requisitos relacionados a esses efeitos não visuais sejam incorporados às recomendações e aos padrões de projetos de iluminação.

Nos primeiros anos de vida, os olhos das crianças funcionam como verdadeiras esponjas de luz. Suas pupilas são mais amplas e o cristalino é extremamente transparente, o que aumenta a sensibilidade — especialmente à luz azul. Isso significa que ambientes muito brilhantes ou com luz fria demais podem ser desconfortáveis, mesmo que estejam dentro dos padrões considerados “ideais”.

Já os adultos jovens têm um sistema visual mais equilibrado. A capacidade de adaptação a diferentes intensidades e contrastes é mais eficiente, o que permite maior tolerância a variações de luz e sombra. É nesse estágio que, muitas vezes, se define o “padrão” do lighting design — mas esse padrão nem sempre contempla o todo.

A partir dos 40 ou 50 anos, o olho começa a passar por mudanças naturais. O cristalino se torna mais amarelado, filtrando parte da luz azul, enquanto a pupila reduz seu diâmetro. Com isso, entra menos luz no olho, o que exige maior esforço visual e aumenta a sensibilidade ao ofuscamento — aquele desconforto provocado por fontes muito intensas ou mal direcionadas.

Ou seja: pensar em um projeto de luz “neutro” ou “universal” sem considerar essas diferenças é ignorar a neurobiologia da visão humana. A luz precisa dialogar com a idade de quem a percebe — e não apenas com a norma técnica.

A luz que agride ou acolhe: desafios para o lighting design multigeracional

tela tensionada casa

Estamos projetando luz para o espaço… ou para os olhos? Em muitos projetos, a estética e a eficiência energética ganham prioridade, enquanto o conforto visual de quem realmente vai habitar o ambiente é deixado em segundo plano. E aí, o que era para ser acolhedor, vira agressivo: luzes muito diretas, variações abruptas de temperatura de cor e altos níveis de brilho criam cenários desconfortáveis, especialmente para crianças e idosos.

Como reforça Aloísio Leoni Schmid, simular e modelar a luz antes da obra é essencial para tomar decisões conscientes e evitar surpresas que comprometem o bem-estar no uso real do espaço. Esse cuidado técnico não é apenas uma questão de eficiência, mas de empatia: permite considerar desde o início as diferentes percepções visuais de quem vai habitar o ambiente — crianças, idosos, todos. Afinal, projetar luz é projetar experiências.

Crianças, com olhos mais sensíveis, sofrem com excesso de estímulo. Idosos, com menor adaptação visual, enfrentam mais dificuldade em ambientes com sombras marcadas ou ofuscamento intenso. Uma iluminação mal calibrada pode prejudicar desde o foco até o deslocamento seguro. É aqui que entra o cuidado no projeto: mais do que “iluminar bem”, trata-se de iluminar certo — com empatia.

O índice de ofuscamento UGR (Unified Glare Rating) é um dos parâmetros mais importantes para garantir conforto visual. Ambientes com luz difusa e bem distribuída tendem a ter UGR mais baixo, o que reduz a fadiga visual e torna a experiência mais agradável para todos. A tela tensionada da Alumiframe, por exemplo, é uma solução eficiente para suavizar a luz direta e alcançar essa uniformidade sem abrir mão da estética.

O que isso muda na forma de projetar? Muito.

telas-tensionadas-convencionais

Um projeto que funciona bem para os olhos de um adulto jovem pode ser desconfortável — ou até prejudicial — para pessoas de outras faixas etárias. Quando ignoramos essas diferenças, cometemos erros que comprometem o bem-estar. Alguns exemplos comuns:

  • Luzes brancas intensas em ambientes de relaxamento: comuns em quartos ou salas de espera, podem gerar agitação e desconforto, especialmente em idosos e crianças.

  • Iluminação difusa mal distribuída: cria zonas de sombra que dificultam a percepção espacial e aumentam o risco de acidentes, sobretudo para quem tem mobilidade reduzida.

  • Iluminação de tarefa com temperatura e foco inadequados: compromete a concentração e força o esforço visual, afetando tanto o desempenho quanto a saúde ocular a longo prazo.

Onde entra a tela tensionada? O difusor que equaliza a experiência luminosa

tela tensionada closet

A tela tensionada é mais do que um recurso estético — ela funciona como uma superfície de luz contínua, atuando como filtro difusor. Ao suavizar a incidência luminosa e reduzir contrastes agressivos, proporciona conforto visual real para quem ocupa o espaço.

Ela também permite controle preciso sobre intensidade, direção e temperatura de cor da luz. Isso é essencial em ambientes frequentados por pessoas de diferentes faixas etárias, como clínicas, escolas, residências multigeracionais e hotéis — locais onde a iluminação precisa se adaptar, e não dominar.

E fica a provocação: por que seguimos usando luminárias pontuais, que criam zonas de desconforto e sombra, quando já existem tecnologias que possibilitam planos de luz adaptativos e mais humanos? A tela tensionada é uma dessas soluções — e está ao alcance de quem projeta com empatia.

A tela tensionada como estratégia para uma luz mais humana e inclusiva

tela tensionada em mostra

A tela tensionada funciona como um regulador visual inteligente: distribui a luz de forma suave, homogênea e sem ofuscamento, respeitando a percepção de diferentes perfis visuais. Ao evitar contrastes duros e pontos de brilho excessivo, ela contribui para ambientes mais acolhedores, seguros e adaptáveis.

Além disso, integra-se com facilidade a sistemas de automação, permitindo ajustes dinâmicos de temperatura de cor e intensidade ao longo do dia — ou conforme o perfil etário dos moradores. Pode ser aplicada no teto, nas paredes ou em elementos verticais, ampliando o campo de conforto visual em todas as direções e tornando a iluminação uma experiência mais sensível, inclusiva e personalizada.

Projetar com empatia visual usando tela tensionada

tela tensionada sala

Luz é biologia. E quando a arquitetura ignora isso, compromete o conforto, o bem-estar e até a longevidade do projeto. Projetar com empatia visual significa ir além da estética: é considerar como cada pessoa — com sua idade, rotina e sensibilidade — percebe e interage com a luz no espaço. É aqui que a tela tensionada se destaca como uma aliada técnica e sensível no lighting design.

Na Alumiframe, desenvolvemos superfícies de luz que não apenas iluminam, mas respeitam a forma única como cada olhar enxerga o mundo. Se você se interessou por essa abordagem mais humana e adaptável, entre em contato com a gente. Vamos conversar sobre como aplicar a tela tensionada nos seus próximos projetos.

Escrito por:

Foto de Ana Francisca

Ana Francisca

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